O artigo “Comunidades Quilombolas: Resiliência e Cultura Afro-Brasileira” aborda a importância histórica e cultural das comunidades quilombolas no Brasil. Desde o período da escravidão até os dias atuais, essas comunidades têm resistido e preservado sua identidade, lutando por seus direitos e valorizando suas tradições. Quais são as principais características das comunidades quilombolas? Como elas têm contribuído para a diversidade cultural do país? Descubra mais sobre essa fascinante história de resiliência e riqueza cultural no artigo abaixo.
Resumo
- As comunidades quilombolas são grupos étnico-raciais que descendem de africanos escravizados no Brasil.
- Essas comunidades são reconhecidas pelo Estado brasileiro e possuem direitos territoriais garantidos.
- As comunidades quilombolas preservam a cultura afro-brasileira, com suas tradições, rituais, danças e culinária.
- A resiliência é uma característica marcante das comunidades quilombolas, que enfrentaram e ainda enfrentam desafios como a discriminação e a falta de acesso a serviços básicos.
- O turismo de base comunitária é uma forma de valorizar e fortalecer as comunidades quilombolas, proporcionando geração de renda e preservação cultural.
- A luta pela titulação das terras quilombolas é uma das principais demandas das comunidades, visando garantir a posse e o uso sustentável dos territórios ancestrais.
- O reconhecimento e valorização das comunidades quilombolas são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
As comunidades quilombolas são grupos étnico-raciais que possuem uma história de resistência e resiliência no Brasil. É importante destacar que essas comunidades são reconhecidas pela Constituição Federal como detentoras de direitos territoriais e culturais. Além disso, elas são fundamentais para a preservação da cultura afro-brasileira, contribuindo para a valorização da diversidade étnica e cultural do país. É essencial conhecer e apoiar essas comunidades, promovendo a igualdade de direitos e o combate ao racismo estrutural existente em nossa sociedade.
A história das Comunidades Quilombolas
As Comunidades Quilombolas têm uma história rica e significativa no contexto do Brasil. Elas são descendentes dos escravizados fugitivos que formaram os quilombos durante o período da escravidão, entre os séculos XVI e XIX. Essas comunidades surgiram como forma de resistência à opressão e à exploração sofrida pelos africanos trazidos à força para o país.
Os quilombos eram locais de refúgio, onde os negros escravizados buscavam liberdade e autonomia. Entre os mais conhecidos está o Quilombo dos Palmares, que se tornou um símbolo da luta e da resistência quilombola.
Ao longo dos anos, as comunidades quilombolas enfrentaram diversos desafios para sobreviver e preservar sua cultura. A falta de acesso a direitos básicos, como saúde e educação, tem sido uma realidade constante para essas comunidades. No entanto, apesar das adversidades, os quilombolas mantêm viva sua identidade cultural, com influências africanas, indígenas e brancas, através de suas tradições, rituais e manifestações artísticas únicas.
A história das Comunidades Quilombolas é um testemunho da resiliência e da força do povo negro no Brasil. É fundamental reconhecer e valorizar a importância dessas comunidades na construção da identidade afro-brasileira e na preservação da diversidade cultural do país.
A resiliência dos Quilombolas frente à adversidade
As Comunidades Quilombolas são grupos étnicos que possuem uma história rica e singular no Brasil. Remontando aos tempos da escravidão, esses grupos de africanos e seus descendentes fugiam para formar assentamentos livres, conhecidos como quilombos, onde buscavam liberdade e resistiam à opressão. Ao longo do tempo, a resiliência dessas comunidades tem sido evidenciada, mostrando a capacidade de enfrentar e superar adversidades.
Uma das principais formas de resiliência das Comunidades Quilombolas é a preservação da cultura afro-brasileira. Por meio de práticas culturais, religiosas e rituais únicos, essas comunidades mantêm viva a sua identidade cultural. A música, a dança, a culinária e as tradições religiosas são elementos fundamentais para a manutenção dessa cultura quilombola.
Os rituais quilombolas são expressões culturais que se mantêm vivas nas comunidades. Danças como o jongo, o samba de roda e o tambor de crioula são exemplos de manifestações artísticas que perpetuam a história e os valores dos quilombolas. Além das danças tradicionais, as Comunidades Quilombolas também se expressam por meio da arte visual, artesanato e contação de histórias. Essas manifestações artísticas são uma forma de transmitir conhecimentos e fortalecer a identidade cultural quilombola.
Além da cultura, os quilombolas também possuem saberes ancestrais transmitidos de geração em geração. Conhecimentos sobre plantas medicinais, técnicas agrícolas sustentáveis e habilidades artesanais são exemplos da riqueza cultural dessas comunidades. Esses saberes são fundamentais para a sobrevivência e sustentabilidade das Comunidades Quilombolas, permitindo que elas enfrentem adversidades como falta de recursos econômicos e isolamento geográfico.
O turismo étnico tem sido uma oportunidade para as Comunidades Quilombolas mostrarem sua cultura e história ao mundo, valorizando a preservação dos saberes quilombolas e contribuindo para o desenvolvimento sustentável dessas comunidades. Através do turismo, as comunidades podem gerar renda e fortalecer sua economia local, ao mesmo tempo em que promovem o respeito pela diversidade étnica e cultural do Brasil.
Em suma, a resiliência dos Quilombolas frente à adversidade é evidente em sua capacidade de manter vivas suas tradições culturais, preservando sua identidade e lutando pela valorização de suas comunidades. As Comunidades Quilombolas são exemplos inspiradores de superação e resistência, demonstrando a importância de valorizar e preservar a diversidade étnica e cultural do Brasil.
Preservação da cultura Afro-Brasileira nas Comunidades Quilombolas
As Comunidades Quilombolas têm desempenhado um papel fundamental na preservação da cultura Afro-Brasileira ao longo dos anos. Essas comunidades, como Palmares e Catucá, foram formadas por escravizados fugitivos, seus descendentes e pessoas excluídas pela sociedade local.
Nessas comunidades, a preservação da cultura afro-brasileira é uma prioridade. Elas compartilhavam a terra e a produção agrícola, mantendo tradições e rituais quilombolas vivos. Os quilombos eram uma forma de resistência e luta contra a opressão, sendo liderados por figuras emblemáticas como Zumbi dos Palmares e os reis Malunguinho.
Além disso, as religiões afro-brasileiras encontraram refúgio nos quilombos, permitindo a preservação da fé candomblecista e umbandista. Os terreiros afro-religiosos são considerados pequenos quilombos, onde os rituais, cultura e comunidade são preservados. A presença dos quilombos permitiu que as tradições ancestrais fossem transmitidas de geração em geração, garantindo sua continuidade até os dias de hoje.
O turismo étnico tem sido uma forma de valorização das Comunidades Quilombolas, contribuindo para a divulgação e preservação da cultura Afro-Brasileira. Ao visitar essas comunidades, os turistas têm a oportunidade de conhecer de perto as tradições quilombolas, participar de rituais e celebrar a rica herança cultural do povo afro-brasileiro. É uma maneira importante de fortalecer essas comunidades e garantir a continuidade das tradições culturais que tanto enriquecem a identidade brasileira.
Tradições e rituais quilombolas: uma herança cultural viva
As comunidades quilombolas são verdadeiros guardiões da cultura afro-brasileira, preservando e celebrando suas tradições e rituais únicos. Essa herança cultural viva é passada de geração em geração, mantendo vivas as memórias e os valores dos antepassados que lutaram pela liberdade e resistiram à escravidão.
Dentro dessas comunidades, as festas tradicionais ocupam um papel fundamental na preservação da cultura quilombola. Influenciadas pela cultura negra, indígena e católica, essas festividades são momentos de celebração e de conexão com as raízes ancestrais. Um exemplo marcante é o Aiuê de São Benedito na Comunidade Jauari, onde a festa é uma homenagem ao padroeiro e simboliza a fartura através de um mastro decorado com produtos típicos da região. Essas festas são momentos de reafirmação da identidade quilombola e de valorização das tradições culturais, além de serem oportunidades para a comunidade se reunir, fortalecer laços e compartilhar experiências.
A música também desempenha um papel central na vida dos quilombolas, sendo uma forma de expressão artística e de resistência. Muitos cantores e compositores quilombolas retratam em suas músicas a vida, a luta e a esperança do seu povo. Além das músicas tradicionais, os quilombolas também apreciam a música “brega”, que anima os bailes nas comunidades. Através da música, os quilombolas mantêm viva a sua história e transmitem conhecimentos ancestrais para as novas gerações.
As danças também são parte integrante das tradições quilombolas. O lundum, a valsa e a mazurca são algumas das danças consideradas tradicionais dentro dessas comunidades, acompanhadas pelo som do violino. Além disso, outra tradição marcante é a da desfeiteira, onde os casais dançam pelo salão e recitam versos quando a música para. Essas danças não apenas proporcionam momentos de diversão e entretenimento, mas também reforçam os laços comunitários e celebram a identidade quilombola.
Além das festas, da música e das danças, o lazer dos quilombolas também inclui atividades como o futebol, dominó, televisão (nas comunidades com gerador) e rodas de conversa, piadas e cantorias. O riso e as histórias compartilhadas são parte integrante da vida cotidiana dessas comunidades, reforçando os laços sociais e promovendo o compartilhamento de experiências.
Ao preservar e celebrar sua herança cultural, as comunidades quilombolas promovem uma visão mais inclusiva e diversificada da identidade brasileira. Elas desafiam as narrativas culturais dominantes que historicamente excluíram e marginalizaram as comunidades afro-brasileiras. Além disso, as comunidades quilombolas estão cada vez mais envolvidas em programas de intercâmbio cultural e colaborações, tanto dentro do Brasil quanto com outros países. Isso permite que elas compartilhem suas tradições e práticas culturais com um público mais amplo e aprendam com outros grupos culturais, enriquecendo ainda mais sua herança cultural.
No novo ensino médio, o tema das comunidades quilombolas pode ser abordado de várias maneiras, desde ensinar sobre a história das comunidades quilombolas no Brasil até contextualizar o tema no contexto da escravidão e discutir a luta contra a discriminação racial. Projetos de pesquisa sobre comunidades quilombolas locais também podem ser desenvolvidos para promover a valorização dessas tradições culturais. Disciplinas como história, geografia, literatura, sociologia e artes podem explorar o tema em sala de aula, incentivando os estudantes a conhecerem melhor essa rica herança cultural afro-brasileira.
As manifestações artísticas das Comunidades Quilombolas
As Comunidades Quilombolas são um importante pilar da cultura afro-brasileira, preservando tradições ancestrais e promovendo a resistência e a resiliência de seus membros. Uma das expressões mais marcantes desse legado cultural são as manifestações artísticas que ocorrem nessas comunidades.
Essas manifestações artísticas são dramatizações públicas e populares que rememoram e recriam conflitos e tensões relacionados ao período escravocrata. Através de performances teatrais, danças, músicas e declamações, as Comunidades Quilombolas mantêm viva a memória dos seus antepassados e compartilham com o público a história e as lutas enfrentadas durante o período da escravidão.
No nordeste brasileiro, destacam-se algumas dessas manifestações. Um exemplo é o Lambe sujo em Laranjeiras, Sergipe. Essa representação da luta quilombola acontece nas ruas da cidade e envolve negros escravizados e indígenas em uma performance que conta com alvorada, cortejo e combate. O Lambe sujo é uma forma de relembrar os conflitos vivenciados pelos quilombolas e ressaltar sua resistência.
Outra manifestação importante é o Nego Fugido em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Essa manifestação é mantida pelos pescadores de Acupe e mistura elementos de dança, teatro, música e declamação para contar a história da luta quilombola como um processo de revolta e resistência. O Nego Fugido é uma forma de honrar os quilombolas que buscaram a liberdade enfrentando grandes adversidades.
Além disso, a Dança dos Quilombos em Limoeiro de Alagoas, Alagoas, faz parte da identificação do Recôncavo Baiano como um local com forte memória e passado escravo. Essa manifestação também é uma forma de preservar a cultura afro-brasileira e transmitir os saberes ancestrais das Comunidades Quilombolas.
Essas manifestações artísticas não apenas preservam a cultura afro-brasileira nas Comunidades Quilombolas, mas também contribuem para a valorização e reconhecimento dos remanescentes de quilombos. Elas promovem a participação do público, tornando-os parte integrante da performance e permitindo que todos possam vivenciar essa rica história.
É importante refletir sobre as reflexões e leituras que podemos fazer dessas manifestações dramáticas populares, considerando a especificidade de cada uma delas e os novos significados que foram elaborados ao longo dos anos. Essas expressões artísticas são um testemunho vivo da resiliência das Comunidades Quilombolas e um convite para celebrar a diversidade cultural do Brasil.
Conheça os saberes ancestrais dos Quilombolas
Os Quilombolas são comunidades afrodescendentes que preservam uma rica herança cultural, transmitida através dos séculos. Essas comunidades possuem conhecimentos ancestrais que abrangem diversas áreas, como agricultura, medicina tradicional, culinária e artesanato.
Na agricultura, os Quilombolas praticam técnicas sustentáveis, respeitando o meio ambiente e utilizando práticas ancestrais que promovem a sustentabilidade. O manejo adequado do solo, a utilização de plantas medicinais e a preservação das sementes crioulas são aspectos fundamentais dessa prática.
No campo da medicina tradicional, os Quilombolas possuem um vasto conhecimento sobre as propriedades curativas das plantas medicinais. Essa sabedoria é transmitida de geração em geração e tem sido reconhecida como uma alternativa eficaz e acessível à saúde nas comunidades quilombolas.
A culinária quilombola é marcada pela valorização dos ingredientes locais e pela combinação única de sabores. Pratos como caruru, vatapá e acarajé são exemplos dessa rica tradição gastronômica.
Além disso, o artesanato quilombola é uma forma de expressão artística que representa a identidade cultural dessas comunidades. A confecção de peças em cerâmica, trançados em palha e tecidos coloridos são algumas das manifestações mais conhecidas desse trabalho manual.
A valorização desses saberes ancestrais é fundamental para preservar a identidade e a história das comunidades quilombolas, além de promover uma maior inclusão e respeito à diversidade cultural brasileira. Ao conhecer e valorizar esses conhecimentos, estamos contribuindo para a valorização econômica e social dessas localidades.
O turismo étnico como forma de valorização das Comunidades Quilombolas
O turismo étnico tem se mostrado uma poderosa ferramenta de valorização e preservação das Comunidades Quilombolas no Brasil. Essas comunidades, que são remanescentes dos quilombos formados por escravizados fugidos, têm lutado por seus direitos territoriais e pela manutenção de sua cultura afro-brasileira.
Ao abrir suas portas para o turismo, as Comunidades Quilombolas encontram uma oportunidade de emprego e renda, além de promoverem a conscientização sobre suas tradições e costumes. Os visitantes têm a chance de vivenciar experiências autênticas, interagir com os moradores locais e aprender mais sobre a história e a vida nessas comunidades.
O turismo étnico não apenas fortalece economicamente as Comunidades Quilombolas, mas também contribui para o reconhecimento e valorização da cultura afro-brasileira. Essas experiências turísticas permitem aos viajantes conhecer de perto a culinária típica, a música, a dança, o artesanato e outros aspectos culturais dessas comunidades, promovendo assim um maior entendimento e respeito pela diversidade étnica do país.
O turismo étnico como forma de valorização das Comunidades Quilombolas é uma maneira de apoiar a luta dessas comunidades pelo direito à terra, ao trabalho digno e à preservação de sua cultura. Ao visitar os quilombos, os turistas contribuem para o desenvolvimento sustentável dessas comunidades, garantindo que suas tradições sejam transmitidas para as futuras gerações.
Curiosidades sobre Comunidades Quilombolas: Resiliência e Cultura Afro-Brasileira
- As comunidades quilombolas são remanescentes de antigos quilombos, que eram assentamentos formados por escravos fugitivos durante o período colonial no Brasil.
- Existem mais de 3 mil comunidades quilombolas reconhecidas no país, espalhadas por diversos estados.
- A Constituição Brasileira reconhece o direito à propriedade das terras ocupadas pelas comunidades quilombolas, garantindo-lhes o direito à permanência e à preservação de sua cultura e modo de vida.
- A cultura afro-brasileira é muito presente nas comunidades quilombolas, com destaque para a música, dança, culinária e religiosidade.
- As festas tradicionais quilombolas são momentos de celebração da cultura afro-brasileira, com rituais, danças típicas e comidas tradicionais.
- A preservação da cultura quilombola é realizada por meio da transmissão oral de conhecimentos e tradições entre as gerações.
- Muitas comunidades quilombolas têm se destacado na produção artesanal, como a produção de cerâmica, tecelagem e bordados, que são importantes fontes de renda para essas comunidades.
- Algumas comunidades quilombolas têm se dedicado ao turismo étnico-cultural, recebendo visitantes interessados em conhecer sua história e cultura.
- A luta pela demarcação e regularização das terras quilombolas é uma constante, já que muitas comunidades ainda enfrentam dificuldades para terem seus territórios legalmente reconhecidos.
- As comunidades quilombolas são exemplos de resiliência e resistência, mantendo vivas suas tradições e contribuindo para a diversidade cultural do Brasil.
Dúvidas dos nossos Leitores:
9. Quais são as principais características das comunidades quilombolas?
10. Como as comunidades quilombolas preservam sua cultura e tradições ao longo dos anos?
11. Quais são os desafios enfrentados pelas comunidades quilombolas atualmente?
12. Qual é o papel das comunidades quilombolas na luta contra o racismo e a discriminação racial?
13. Quais são as políticas públicas voltadas para as comunidades quilombolas no Brasil?
14. Quais são as principais atividades econômicas desenvolvidas pelas comunidades quilombolas?
15. Como a educação é promovida nas comunidades quilombolas?
Comunidades Quilombolas | Resiliência e Cultura Afro-Brasileira |
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1. Conceito | As comunidades quilombolas são grupos étnico-raciais, predominantemente negros, que possuem uma história de resistência e luta contra a escravidão. São consideradas remanescentes de quilombos, que eram assentamentos formados por escravos fugitivos. |
2. Território | As comunidades quilombolas possuem territórios reconhecidos pelo Estado brasileiro, garantindo-lhes o direito à posse e uso das terras. Esses territórios são fundamentais para a preservação de sua cultura, tradições e modos de vida. |
3. Resiliência | As comunidades quilombolas enfrentaram e ainda enfrentam diversos desafios, como a discriminação racial, a falta de acesso a serviços básicos e a pressão de grandes empreendimentos. No entanto, elas demonstram uma grande capacidade de resiliência, resistência e organização para preservar sua identidade e lutar por seus direitos. |
4. Cultura Afro-Brasileira | As comunidades quilombolas são guardiãs de uma rica cultura afro-brasileira, que engloba danças, músicas, religiões, culinária, artesanato e outras manifestações artísticas. Essa cultura é um importante patrimônio imaterial do Brasil e contribui para a diversidade cultural do país. |
5. Desafios e conquistas | As comunidades quilombolas ainda enfrentam desafios como a falta de infraestrutura, acesso à educação e saúde de qualidade, além da necessidade de preservação ambiental. No entanto, ao longo dos anos, elas têm obtido conquistas importantes, como a titularidade de terras, o fortalecimento de suas organizações e a valorização de sua cultura. |
As comunidades quilombolas são exemplos vivos de resiliência e preservação da cultura afro-brasileira. Ao visitar esses locais, é importante respeitar e valorizar a história e tradições dessas comunidades, reconhecendo a importância do seu papel na construção da identidade brasileira. Além disso, apoie iniciativas que promovam o fortalecimento econômico dessas comunidades, como a compra de produtos artesanais e participação em eventos culturais. Juntos, podemos contribuir para a valorização e proteção desse patrimônio histórico e cultural tão importante.
Glossário: Comunidades Quilombolas
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- Comunidades Quilombolas
: São comunidades formadas por descendentes de escravizados que se refugiaram em áreas rurais durante o período da escravidão no Brasil. Essas comunidades são reconhecidas pelo Estado brasileiro como remanescentes de quilombos e possuem direitos territoriais específicos.
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- Resiliência
: A resiliência é a capacidade de um indivíduo ou grupo de superar adversidades e se adaptar às mudanças. Nas comunidades quilombolas, a resiliência é uma característica marcante, pois essas comunidades enfrentaram e enfrentam diversos desafios ao longo da história, mas conseguem preservar sua cultura e resistir.
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- Cultura Afro-Brasileira
: A cultura afro-brasileira é o conjunto de manifestações culturais trazidas pelos africanos escravizados para o Brasil, que foram preservadas e transformadas ao longo dos séculos. Essa cultura engloba elementos como música, dança, culinária, religião, artesanato, entre outros.
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- Remanescentes de Quilombos
: São os descendentes das comunidades quilombolas que ainda vivem nas áreas que foram ocupadas por seus antepassados. Essas comunidades são reconhecidas e protegidas pela Constituição Brasileira, que garante a elas o direito à propriedade de suas terras e à preservação de sua cultura.
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- Direitos Territoriais
: São os direitos garantidos às comunidades quilombolas sobre suas terras ancestrais. Esses direitos incluem a titulação das terras, ou seja, o reconhecimento legal da propriedade coletiva pelas comunidades, além do acesso a políticas públicas específicas para a promoção do desenvolvimento sustentável dessas áreas.
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- Preservação Cultural
: Refere-se às ações e práticas adotadas pelas comunidades quilombolas para manter viva sua cultura e tradições ao longo do tempo. Essa preservação envolve a transmissão de conhecimentos ancestrais, a valorização da língua, danças, músicas e rituais tradicionais, bem como a produção de artesanato e culinária típicos.
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- Inclusão Social
: A inclusão social diz respeito à garantia dos direitos fundamentais e da participação plena na sociedade para todos os indivíduos e grupos. Nas comunidades quilombolas, a inclusão social envolve o combate à discriminação racial, o acesso à educação de qualidade, saúde, infraestrutura básica e oportunidades de trabalho digno.
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- Sustentabilidade
: A sustentabilidade é um princípio que busca conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente e a justiça social. Nas comunidades quilombolas, a sustentabilidade está relacionada à utilização dos recursos naturais de forma consciente e equilibrada, garantindo a sobrevivência das gerações futuras.
As comunidades quilombolas são exemplos de resiliência e preservação da cultura afro-brasileira. São espaços onde a história e a luta por igualdade são valorizadas. Se você quer saber mais sobre esse tema fascinante, visite o Geledés – Instituto da Mulher Negra, um site que traz informações e debates importantes sobre questões raciais no Brasil. Lá você encontrará conteúdos enriquecedores e poderá se aprofundar nessa temática tão relevante.
Preservação Ambiental nas Comunidades Quilombolas
A preservação ambiental é um tema de extrema importância para as comunidades quilombolas. Além de serem guardiãs de uma rica cultura afro-brasileira, essas comunidades também têm um profundo conhecimento sobre a natureza e a importância de preservá-la. Muitas delas vivem em áreas de grande biodiversidade, como florestas e rios, e dependem desses recursos naturais para sua subsistência. Por isso, é fundamental apoiar e fortalecer as iniciativas de preservação ambiental desenvolvidas por essas comunidades, garantindo assim a continuidade de suas tradições e a proteção do meio ambiente.
Turismo Sustentável nas Comunidades Quilombolas
O turismo sustentável é uma alternativa econômica promissora para as comunidades quilombolas. Ao abrir suas portas para visitantes interessados em conhecer sua cultura e modo de vida, essas comunidades têm a oportunidade de gerar renda e fortalecer sua autonomia. No entanto, é fundamental que o turismo seja realizado de forma responsável e respeitosa, valorizando a cultura local e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da comunidade. Além disso, é importante que os benefícios do turismo sejam compartilhados de forma justa entre os moradores, garantindo que todos tenham acesso às oportunidades geradas por essa atividade.
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Fontes
1. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
Acesso em: 24 de janeiro de 2024
2. Fundação Cultural Palmares
Acesso em: 24 de janeiro de 2024
3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Acesso em: 24 de janeiro de 2024
4. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
Acesso em: 24 de janeiro de 2024
5. Instituto Socioambiental (ISA)
Acesso em: 24 de janeiro de 2024